Carlos Magno dos Santos Pereira e João Froz Lindoso Filho, de 42 anos, mais o comparsa e dono do veículo em que os mesmos estavam, Saulo Emanuel Pianco da Silva, 32 anos, foram presos em flagrante |
Policiais
militares sediados em Igarapé do Meio juntamente com os da 2ª Cia de Santa
Inês, acabaram por abortar uma ação criminosa envolvendo colegas de farda na
tarde de ontem, sexta-feira (17). Foram presos dois PM’s de São Luís e um
terceiro elemento que estavam praticando crimes nas duas cidades, uma quarta
pessoa que seria policial civil, está foragida.
Os policiais
militares João Froz Lindoso Filho e Carlos Magno dos Santos Pereira, de 42
anos, mais o comparsa e dono do veículo em que os mesmos estavam, Saulo Emanuel
Pianco da Silva, 32 anos, foram presos em flagrante. Com eles, foram apreendidas
duas pistolas. 40 de uso restrito e da polícia e 23 munições, 1 revolver
calibre 38 com 6 munições, três coletes a prova de balas, 3 algemas, 4
lanternas, luvas e capuz, alicate de pressão (usado para arrebentar cadeado e
outros), fitas adesiva, entre outros objetos.
A AÇÃO DOS
PM’s BANDIDOS
Segundo
informações da própria Policia Militar e das vítimas, era por volta de meio
dia, quando quatro elementos em um automóvel Fiat , modelo Punto de cor verde e
placas NXE-6451 São Luís, foram a uma residência na Vila São Marcos na cidade
de Igarapé do Meio, e abordaram o morador, os dois militares e o comparsa
usavam coletes a prova de balas, enquanto o policial civil estava à paisana.
Eles se identificaram como policiais e perguntaram sobre drogas, que segundo
eles, o homem, escondia. “Eles diziam pra mim: a casa caiu! A casa caiu! depois
me levaram para dentro de casa, me algemaram e um deles sacou uma pistola. Meus
filhos todos começaram a chorar. Eles me chamavam de vagabundo e pediram para
eu entregar 5mil reais para não me prender. Falei que não tinha e eles disseram
que se eu não entregasse, me matariam. Eles pegaram todos os celulares que encontrara
mais 160 reais que eu tinha no bolso e disseram que não era para eu avisar a
ninguém. Para não morrer, eu disse que minha mãe tinha o dinheiro”, relatou a
vítima, um homem de 43 anos.
O homem foi
levado pelos policiais para o Povoado Paruru, onde a mãe da vítima morava.
Chegando ao local, a casa foi praticamente revirada, foi encontrado debaixo do
colchão, cerca de 920 reais que seria do pai da vítima, mas este não estava no
local no momento, também foi localizado mais 200 reais que foram retirados da
bolsa da mãe da vítima de 72 anos. Neste momento, a cunhada do rapaz de 38
anos, apareceu no local e também foi abordada. Ela foi colocada junto com as
outras vítimas e teve seu celular tomado. Não satisfeitos, os policiais
iniciaram mais uma vez, uma espécie de tortura psicológica, foi então que a
senhora de idade disse que tinha uma quantia no banco. Os policiais resolveram
levar com eles até o banco a mulher de 38 anos, já que, a senhora estava
passando mal e a primeira vitima não sabia como utilizar cartão.
AÇÃO EM
SANTA INÊS
Foi então
que os quatro elementos vieram para Santa Inês sacar o dinheiro que havia na
conta da senhora. Por volta das 14h30, eles pararam em frente a uma casa
lotérica que fica na Rua do Comércio, ao lado da Delegacia Regional. O homem
tido como policial civil desceu do veículo com a mulher para sacar o dinheiro,
enquanto os outros ficaram aguardando dentro do carro.
Os policiais e o comparsa usavam
coletes a prova de balas com o intuito de intimidar as vítimas
|
A mulher
conseguiu sacar 1.500 reais, valor limite que era permitido, ainda não
satisfeito, o policial civil pediu o extrato da conta bancária para saber
quanto à senhora de idade ainda tinha na conta. Ao constatar que ela tinha mais
de 10 mil reais em sua conta, ele voltou ao carro xingando a mulher com
palavras de baixo calão, afirmando que ela queria enganá-los. Foi então
que a mulher foi levada para a Caixa Econômica Federal para tentar sacar o
resto da quantia em dinheiro. Novamente o restante da quadrilha ficou no carro
aguardando a ação criminosa do comparsa.
POLÍCIA
PRENDE POLÍCIA
Enquanto
tudo acontecia em Santa Inês, familiares entraram em contato com a PM daquele
município para saber que ação estava ocorrendo para policiais realizarem uma
abordagem fora do comum contra populares que não cometeram nenhum crime.
A Polícia
Militar de Igarapé do Meio foi acionada e entrou em contato com policiais de
Santa Inês para saber do que se tratava, tendo como resposta que não havia
nenhuma operação da PM em andamento a partir de Santa Inês. Eles então passaram
as características do veículo em que os militares que sequestraram a mulher
estavam e alertaram que, diante dos fatos relatados pelas vítimas, os mesmos
estariam provavelmente na Caixa Econômica.
Os policiais
militares de Santa Inês foram ao local e abordaram os outros policiais. Eles
ainda tentaram enrolar os colegas de farda, dizendo que estavam apenas de
passagem pela cidade e que sairia do local em breve, momento em que foram
convidados para descerem do veículo. Na ocasião, eles foram presos e
encaminhados para o 7° Batalhão de Pindaré Mirim onde foi constatado que os
policiais não tinham permissão para estarem na região. O policial civil foi
avisado e saiu da agência bancária sem ser visto, deixando para trás, a vítima.
O delegado
plantonista Rodrigo Alonso, afirmou que o trio será autuado pelos crimes de
extorsão qualificada, roubo majorado, associação criminosa e porte ilegal de
arma e formação de quadrilha. Eles serão encaminhados para São Luís.
Os militares
João Froz e Carlos Magno ficarão presos no Quartel Geral da Polícia Militar,
enquanto Saulo Emanuel irá para a Penitenciária de Pedrinhas. Já o policial
civil, o delegado disse que será pedida imagens do sistema de segurança
da agência e após o mesmo ser preso, ele irá para cadeia pública.
A
Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), já está com o caso e irá
realizar investigações contra o policial civil. A prisão da quadrilha foi
realizada pelos policiais de Igarapé do Meio, subtenente Narciso, Cabos Matos,
Mafra e soldado João Batista e os policiais de Santa Inês, cabos Matos e
Prazeres e soldado Diogo.
Fonte: Agora Santa Inês
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