Velho e fiel
aliado de José Sarney, o maranhense João Alberto, presidente do Conselho de
Ética (?!?!) do Senado, arquivou a representação que pede a cassação do mandato
de Aécio Neves. O gesto vale como uma espécie de beijo da morte. Com ele, Aécio
vira sócio-atleta de um clube no qual Sarney é presidente honorário e Renan
Calheiros é diretor vitalício.
João Alberto
alegou falta de provas. A gravação na qual Aécio aparece combinando o
recebimento de R$ 2 milhões do delator Joesley Batista não sensibilizou o
senador. O vídeo que registra o enviado de Aécio recolhendo a grana tampouco
impressionou João Alberto. Ao contrário. Para o executor das ordens de Sarney,
Aécio é vítima de “uma grande injustiça. ”
Autor do
pedido de cassação, o PSOL recorrerá ao plenário do Conselho de Ética (?!?!?).
Perda de tempo. Apinhado de investigados, o colegiado não foi estruturado para
cassar, mas para proteger os sócios. A principal evidência de que Aécio entrou
para o clube não está no fato de o tucano ter ficado parecido com Sarney e
Renan. A prova cabal é que Aécio ficou completamente diferente do que ele
imaginava ser.
Hoje, o
ex-presidenciável tucano responde a um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete,
oito, nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Por ora, só o PSDB parece
não enxergar que a plumagem do tucano Aécio está diferente.
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