Velório de escrivã em THE marcado por dor: 'Estado do MA processado'



Caso chocou Piauí e Maranhão - 16/05/2014 às 11h15



Família se questiona como tudo aconteceu após perder, em menos de seis meses, duas pessoas

Durante o velório da escrivã Loane Maranhão da Silva Thé, realizado na capela da Pax União, localizada na avenida Miguel Rosa, Centro de Teresina, o advogado Nazareno Thé, lamentou a morte da sobrinha e disse que o estado do Maranhão deve ser processado pelo ocorrido.
"Como pode uma pessoa como esse acusado andar solta, portando um instrumento cortante, de forma tranquila, dentro da delegacia, vitimando minha sobrinha?", indagou Nazareno, que ressaltou ainda que o que aconteceu é resultado de negligência, por isso o Estado do Maranhão deve ser processado. Loane, de 31 anos, foi morta com uma facada no peito em Caxias, no Maranhão (a 65 Km de Teresina), durante um depoimento, dentro do 1º DP.
Ainda com a cicatriz aberta ocasionada com a dor da perda do filho Guilherme Rodrigues, piloto do avião que caiu no aeroporto de Teresina em dezembro do ano passado, um pai está com uma nova dor para enfrentar. Esse é Flávio Weimar, que foi até a delegacia em Caxias do Maranhão, a 65 Km de Teresina, para confirmar o que não queria acreditar: Que a filha Loane Maranhão da Silva, escrivã do distrito, de 31 anos, havia morrido com uma facada, dentro da delegacia.
Após falar com a delegada Ceomar, ele saiu, com a bolsa de Loane. "O que restou pra mim foi a bolsa de minha filha e as lembranças de uma pessoa dedicada com o trabalho, com os estudos e com a família", lamenta o pai, ainda tentando digerir o que aconteceu. Já no velório, que acontece na Pax União, no bairro Ilhotas, em Teresina ele, que está junto a família, vive um misto de lamento e de indignação, como demonstra o irmão de Flavio, o advogado Nazareno Thé.
Familiares, amigos e colegas de trabalho da polícia, passam pelo local, a fim de se despedir do corpo de Loane que, do bairro Ilhotas, será levado para o cemitério Jardim da Ressurreição, no bairro Alto da Ressurreição, onde será enterrado às 17h da tarde, como confirma o pai de Loane, ao 180graus. No velório, o assunto é o mesmo: Todos tentam entender como foi acontecer algo que, para cada pessoa que está no local, é um absurdo, que é o fato da escrivã, no exercício da função, levar uma facada, dentro da delegacia. Há 5 meses, a família passava por dor parecida, quando o piloto de avião, Guilherme Rodrigues, filho de Flavio e irmão de Loane, morreu em um acidente aéreo no final do ano passado.
DSCF8198.JPG
DSCF8190.JPG
A TRAGÉDIA
Ao 180graus, o delegado Celso Rocha, o acusado Francisco Alves Costa, de 44 anos, assassinou a escrivã Loani Maranhão da Silva Te com um golpe de faça no coração quando saia de um depoimento que havia prestado dentro da delegacia da cidade. "Ele respondia pelo crime de estupro que teria cometido contra as duas filhas, hoje com 15 e 17 anos, mas que teria começado os abusos quando elas ainda eram menores. Ao ser ouvido ele seria conduzido ao fórum e segundo ele estava com medo de ser preso, foi quando pegou uma faça de mesa, que sempre andava com ele, e desferiu contra a vítima. Ao atingir Loani ele começou a fuga. No caminho, ainda feriu a funcionária Marilene Almeida. As duas foram levadas ao hospital. Loani não resistiu e morreu e Marilene foi mediada e não corre risco de morte", disse o delegado. Após a fuga Francisco Alves foi preso e encaminhado ao Central de Custódia dos Presos da Justiça de Caxias (CCPJ). De acordo com o delegado não tinha passagens pela polícia e respondia apenas a acusação de estupro. "Ele era funcionário público, trabalhava como gato", disse.
DSCF8186.JPG
DSCF8188.JPG
DSCF8189.JPG
DSCF8191.JPG
DSCF8192.JPG
DSCF8194.JPG
DSCF8196.JPG
DSCF8197.JPG
Publicado Por: Alex Gomes

Post a Comment

Seja bem vindo ao blog.
Sua presença é fundamental para o sucesso deste blog. Agradeço pelo comentário!

Postagem Anterior Próxima Postagem