Do R7, com Fala Brasil
A Polícia Civil indiciou na quarta-feira (1º) a mãe da menina torturada pelo padrasto dentro de um condomínio de luxo em Araçatuba, no interior de São Paulo. Novos vídeos divulgados pela polícia também incriminaram a mulher. Sara de Andrade Ferreira, de 21 anos, foi indiciada pelo crime de tortura, porém continua em liberdade.
Essas imagens ainda não foram divulgadas, mas a polícia confirmou que a mãe participava dos maus-tratos. Segundo os investigadores, quando o empresário Maurício Moraes Scaranello foi preso, na última sexta-feira (26), Sara negou saber sobre a tortura contra a filha.
Assista ao vídeo:
Os primeiros vídeos divulgados mostraram o suspeito dando cebola à criança dizendo ser maçã. Ele também impediu a menina de dormir e vestígios de cola foram encontrados nas partes íntimas da vítima.
O pai da vítima, Anderson Luiz de Souza, de Nova Luizitânia, também no interior paulista, pediu a guarda da filha. Ele disse que vê a menina nos fins de semana e que a garota chegou a chamar o padrasto de "bobo" e "mau', mas ele achou que era "coisa de criança". O inquérito corre em segredo de Justiça.
Mais abusos
Uma outra gravação, divulgada na quinta-feira (2), mostrou o padrasto se recusando a dar mamadeira à criança. Maurício Moraes Scaranello, de 35 anos, disse que só iria dar comida à menina se ela o chamasse de pai.
— Fala: " Papai, dá mamá".
As imagens mostram a menina chorando e pedindo a mamadeira, mas, em nenhum momento, ela chama o padrasto pelo nome ou de pai.
Ainda na quarta-feira, o padrasto e a mãe estiveram na delegacia para prestar depoimento. Eles ficaram lá por cerca de duas horas. A mãe foi ouvida e liberada. O padrasto voltou para a cadeia. O advogado do empresário havia pedido o relaxamento da prisão, mas a solicitação foi negada pela Justiça.