No sábado (13), a Igreja Católica celebrou o
dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não
somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais
dele, mas no mundo inteiro.
Fotos: Cuxa
São estimadas pelos fiéis as imagens e
estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino
Jesus nos braços, que lembram uma aparição milagrosa mencionada por algumas
fontes literárias.
Na manhã de Sábado dia 13, O festejo de santo
Antônio em Bacabal foi encerrado com uma grande procissão pela as Ruas de Bacabal,
após a procissão, foi realizada uma missa campal celebrada pelo frei Ribamar em
frente a igreja de Santo Antônio no bairro Ramal, o pátio ficou pequeno para
tantos fieis, muita fé e devoção e várias pessoas pagando promessas.
Assista a reportagem.
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Na tradição lusófona Santo António está acima
de todos em prestígio. Sua veneração foi levada de Portugal para o Brasil, onde
enraizou rápido e também dominou o coração do povo. Era tanta a familiaridade
que o santo inspirava, que passou a ser uma espécie de "propriedade
privada" de todos. Como relatou Grillot de Givry, "não há casa que o
não venere no seu oratório e não satisfeita ainda com isso a comum devoção dos
fiéis, cada um quer ter só para si o seu Santo António". Estava em toda
parte: "nos nichos de pedra, pintado em azulejos, a guardar as casas, em
caixilhos de seda à cabeceira da cama a vigiar-nos o sono, nos escapulários e
bentinhos junto ao peito, a acautelar-nos os passos, esculpido e pintado para
preservar dos perigos, pintados nas caixas de esmola, nos santuários e
oratórios". Também era invocado pelos senhores para recuperar escravos
fugidos.28
No Brasil o santo é comemorado com entusiasmo
semelhante. Na região Nordeste uma das maiores
festas se dá em Barbalha, no estado do Ceará, durando vários dias. Inicia com a busca na mata
de um pau que possa servir de mastro para a bandeira do santo, ocasião já
cercada de ritualidade. Antes do corte, é feita uma oração que pede permissão à
mata para a retirada e faz homenagem ao santo padroeiro, pedindo sua bênção
para que o percurso aconteça sem acidentes. Quinze dias depois abrem-se os
festejos com a celebração de uma missa onde os devotos oferecem votos e
presentes entre a cantoria dos repentistas, agradecendo as boas colheitas e a prosperidade,
seguida de uma grande procissão onde se carrega o pau da bandeira até a frente
da Matriz, quando a bandeira é hasteada entre fogos de artifício. Diz a
tradição que as moças que tocarem no pau da bandeira casarão dentro de um ano.
Em seguida as ruas da cidade se enchem com um cortejo de manifestações
folclóricas regionais, como o Reisado de Couro e de Bailes, a Lapinha, os
Penitentes e o Reisado do Congo, com suas lutas de espadas, acompanhados de
vaqueiros, quadrilhas, música de forró e danças decapoeira, maculelê, maneiro pau e pau de fitas. A festa
encerra no dia 13 de junho com outra procissão com a imagem do santo carregada
em um carro decorado, que inclui o cortejo de vários outros santos venerados na
região. Pela sua importância a festa em Barbalha foi inscrita no registro de
bens do patrimônio imaterial mantida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.42
Fotos: Cuxa
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