O Governo do Estado do Piauí divulgou
uma nota oficial na manhã desta sexta-feira (17) lamentando a morte do
adolescente. Segundo a nota, todos os procedimentos adotados pela
Secretaria foram rigorosamente obedecidos.
Nota oficial
O Governo do Estado do Piauí lamenta
a morte do menor G.V.S., de 17 anos, um dos envolvidos no abuso ocorrido mês
passado no município de Castelo. A Secretaria da Assistência Social e Cidadania
(Sasc) e a diretoria do Centro de Internação Masculino (CEM) disponibilizaram,
desde o início do caso, com toda sua equipe envolvida, assistentes sociais e
psicólogos para o acompanhamento diário das famílias e dos adolescentes.
Para garantir a segurança e
integridade dos menores, a Secretaria fez a internação dos mesmos em salas
separadas, a fim de que não ocorressem conflitos com outros internos. O
acontecimento dessa madrugada se deu entre os próprios adolescentes envolvidos
no crime, após desentendimento entre eles. Todos os procedimentos adotados pela
Secretaria foram determinados pelos juízes da Infância e Juventude e pelo
Ministério Público e sendo os mesmos rigorosamente obedecidos.
Em decorrência deste novo crime, os
adolescentes foram novamente removidos e estão na Central de Flagrantes,
passando pelos procedimentos de apuração dos atos infracionais praticados. O
Governo continuará tomando todas as medidas legais e que foram determinadas
pela Justiça.
Governo do Estado do Piauí
Secretaria de Assistência Social e
Cidadania
Atualizado às 10h47
Assistente social representa família,
mas IML não libera o corpo.
A assistente social Ticiane
Cavalcante de Castelo do Piauí, está no Instituto Médico Legal e afirmou que
acompanhou o caso desde o começo por isso foi convocada para ir ao local
para representar a família. Segundo ela, ela pretende fazer a transferência do
corpo para Castelo do Piauí sem que seja preciso a presença da família em
Teresina para evitar exposição. Só que os profissionais do Instituto Médico
Legal não liberaram o corpo alegando que alguém da família precisa estar
presente para realizar os devidos procedimentos.
Ainda de acordo com ela, quando
souberam da morte de Gleisom, a mãe e o padrasto do jovem ficaram bastante
abalados. O serviço social da cidade vai prezar para que seja feito o velório e
o sepultamento de forma tranquila em Castelo. De acordo com testemunhas da
cidade, o clima no município é tenso e alguns populares chegaram a soltar
foguetes e gritos após descobrirem o assassinato.
O diretor do CEM (Centro Educacional
Masculino), Herbert Neves, também esteve no IML e contou detalhes do crime.
Segundo ele, algumas declarações que não são verdades estão sendo espalhadas,
como a de que o CEM foi negligente já que o adolescente já estava sendo
ameaçado pelos outros companheiros. “Não existia nenhuma recomendação oficial sobre
isso, e inclusive essa decisão de os quatro ficarem juntos na cela foi uma
decisão dos próprios menores, nós passamos 40 minutos reunidos com eles
conversando e os quatro disseram que era melhor ficarem juntos por conta da
segurança”, afirmou.
“O crime aconteceu 01h da manhã quando o menor ia tomar banho, no momento, um deles deu uma ‘gravata’ nele e começaram a espancá-lo, não usaram nenhum instrumento cortante. Quando os educadores chegaram na cela ele ainda estava vivo mas depois não resistiu e morreu. Eles contaram detalhes do crime e a frieza dos acusados foi impressionante”, declarou o diretor afirmando que a preocupação agora é preparar uma logística para levá-los para a cidade.
“O crime aconteceu 01h da manhã quando o menor ia tomar banho, no momento, um deles deu uma ‘gravata’ nele e começaram a espancá-lo, não usaram nenhum instrumento cortante. Quando os educadores chegaram na cela ele ainda estava vivo mas depois não resistiu e morreu. Eles contaram detalhes do crime e a frieza dos acusados foi impressionante”, declarou o diretor afirmando que a preocupação agora é preparar uma logística para levá-los para a cidade.
Menor acusado de estupro coletivo é
morto dentro do CEM
Nas primeiras horas da madrugada
desta sexta-feira (17/07), um dos menores acusados de participar do estupro coletivo contra quatro adolescentes em Castelo do
Piauí no dia 27 de maio foi espancado até a morte pelos
outros três também acusados
de participação no crime no CEM (Centro Educacional
Masculino), no bairro Itaperu, zona Norte de Teresina.
Segundo informação dos agentes, os
quatro foram colocados em um só dormitório até para garantir a segurança dos
mesmos pelo fato da grande repercussão do crime e na tentativa de protegê-los.
Só que na madrugada, eles escutaram o barulho e quando chegaram já
encontraram o adolescente ferido.
A vítima, identificado
como Gleisom Vieira da Silva, de 17 anos, é o que deu depoimento, em vídeo
no local do crime em Castelo do Piauí, contando como foi o caso e essa seria a
motivação da sua morte.
O secretário de assistência social
Henrique Rebelo afirmou que esse é um caso que eles nunca poderiam imaginar.
“Os menores foram transferidos para o CEM, foram tomadas todas as medidas
cabíveis já que todos os demais adolescentes que se encontram no local fizeram
um forte protesto, cerca de dez a quinze minutos protestando contra a vinda
desses menores. Eles foram colocados em uma ala apropriada para esse tipo de
delito, passaram por medidas de prevenções para que soubessem onde estavam como
iam se comportar, os mesmos manifestaram interesse de permanecer juntos, já que
nas outras alas os demais adolescentes recusavam em recebê-los e segundo o
diretor da unidade eles estavam unidos, mas nós não imaginávamos que eles
tivessem esse grau de periculosidade no sentido de que pudessem brigar uns com
os outros e terminar nessa situação. O adolescente ferido foi socorrido a
tempo, foi retirado com vida, dado a ele todo o atendimento de imediato, mas
infelizmente veio a falecer, nós lamentamos esse fato, eles são extremamente
perigosos e nós estamos muito tristes com essa situação”, afirmou.
O diretor de atendimento sócio
educativo da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc), Aderlly
Lopes, afirmou que a primeira preocupação deles era de separar os adolescentes
em relação aos outros que já estavam no CEM. “A nossa preocupação maior era a
separação desses adolescentes em relação aos outros que já estavam lá, a
direção juntamente com a coordenação se prontificou em dialogar com os
adolescentes para verificar qual o melhor alojamento que eles pudessem ficar no
programa sócio educativo, e ficou decidido por decisão deles que eles ficariam
juntos no mesmo alojamento mas a preocupação inicial era a separação deles em
relação aos outros que já estavam no CEM tendo em vista um princípio de tumulto
com a chegada deles na unidade. Os adolescentes que tiveram participação no ato
infracional em Castelo do Piauí foram os mesmos que tiveram participação na
morte do menor aqui dentro da unidade, eles confessaram, o delegado de
homicídios esteve no local e foram encaminhados a Central de Flagrantes e
depois serão encaminhados para o Complexo de Defesa da Cidadania”, declarou.
O juiz da 2º vara da infância e da
juventude, Antônio Lopes, afirmou que os menores não irão mais para o CEM.
“Infelizmente essa morte aconteceu, a gente tomou as providências necessárias,
eles foram isolados para evitar que os outros os matassem, e nos deparamos com
essa notícia. Existia um impedimento geral no CEM que eles matariam os
adolescentes, procuramos um dos melhores ou mais seguros alojamentos e
colocamos os quatro lá, mas infelizmente houve isso, é difícil saber onde
colocamos eles agora. O Estado não faz sua parte em relação ao ECA. Ainda ontem
à noite eles foram mandados para o Complexo da Cidadania para evitar que
ficassem lá, agora a situação dificulta porque eles tem que cumprir a
internação mas infelizmente no CEM não tem condição”, afirmou.
Na manhã da última sexta-feira, os quatro
menores foram condenados a pena máxima pelo juiz da
comarca do município, Leonardo Brasileiro. Após a condenação, os adolescentes
foram transferidos para o CEM.
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