Apreensões já resultaram em prejuízo de R$ 6,2 milhões para o tráfico
apenas no primeiro semestre deste ano. Foto: Nilson Feigueiredo
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Mais de 1,5 toneladas de
drogas foram apreendidas pela Polícia Civil entre os meses de janeiro e julho
deste ano. Destas, a maconha é a que teve maior volume, totalizando 1,3
toneladas. Em segundo lugar, o crack, com 200 quilos tirados de circulação,
seguido pela cocaína, 12 quilos apreendidos no período. Este montante é
avaliado em R$ 6,2 milhões, o que significa prejuízo para as quadrilhas de
traficantes, uma vez que deixaram de lucrar com a distribuição e venda desses entorpecentes.
Os números expressivos são
fruto de um plano de ações adotados pela Superintendência Estadual de Repressão
ao Narcótico (Senarc), da Polícia Civil, que tem como alvo principal os
proprietários das drogas e os chefes das quadrilhas. “Nosso alvo são os donos
da droga, pois são eles que abastecem as bocas de fumo e proliferam o crime nos
bairros. A partir deste trabalho mais organizado conseguimos, inclusive,
desmontar quadrilhas interestaduais que agiam aqui no Maranhão.”, pontua o
titular da Senarc, delegado Carlos Alessandro Rodrigues.
O poder do tráfico na capital
e interior tem sentido o impacto destas ações com a perda de pontos de venda e
de dinheiro, com a apreensão dos entorpecentes. Foram mais de R$ 5,3 milhões em
prejuízos para os traficantes com a apreensão de aproximadamente 1,5 toneladas
de drogas, no período de janeiro de 2015 a maio deste ano. “Com isso, a polícia
tem conseguido frear o avanço de grandes quadrilhas e facções que mantinham
bases de comando no Estado”, relata o superintendente.
Significativo também é o
número de prisões e apreensões de armas. Foram 177 pessoas detidas por
envolvimento com o tráfico e mais 22 armas apreendidas no período. As
apreensões são realizadas principalmente na chegada ao estado, e, com isso, a polícia
impede a distribuição e, consequentemente, a venda. Os criminosos ficam sem
dinheiro para se movimentar e isso influi na queda de outros crimes, como os
homicídios e assaltos a banco, fora o enfraquecimento das facções.
O plano de monitoramento do tráfico
adotado pela equipe da Senarc tem resultado no aumento crescente da apreensão
de drogas, cujos números são visíveis na comparação com anos anteriores. De
janeiro a maio de 2014, foram apreendidos 30 kg de drogas, enquanto que no
mesmo período de 2015, já com o planejamento implantado, esse número foi 12
vezes maior – aproximadamente 380 kg. O aumento gradativo das apreensões se
manteve e nos primeiros cinco meses deste ano somaram 600 kg – 1.900% maior em
comparação ao mesmo período de 2014.
Apreensões já resultaram em prejuízo de R$ 6,2 milhões para o tráfico
apenas no primeiro semestre deste ano. Foto: Nilson Feigueiredo
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Denúncia
imediata
O superintendente aponta,
ainda, a criação do canal de denúncias via whatsapp como uma das ferramentas
importantes na contenção do tráfico de drogas. Funcionando no número (98)
9.9163-4899, o novo meio funciona todos os dias, 24 horas e permite à população
denunciar de forma anônima. “Com essa ferramenta já conseguimos apreender um
carregamento de drogas avaliado em 700 mil. É um canal que está em pleno
funcionamento e que ultrapassou nossas expectativas. Que a população continue
colaborando”, concluiu o delegado Carlos Alessandro.
Investimento
em estrutura
Desde o mês de junho o
trabalho de combate ao tráfico conta com apoio de dois cães treinados
especificamente para esta finalidade. “A Polícia Civil do Maranhão é a primeira
do Nordeste a contar com esse apoio no combate ao crime de tráfico”, enfatiza
Carlos Alessandro. E completando o pacote de investimentos do Governo do Estado
para as ações, até o final deste ano serão inauguradas cinco delegacias
regionais para atuar na prevenção e desenvolvimento de projetos permanentes de
conscientização com as comunidades sobre os perigos das drogas e do tráfico.
Trabalho
qualificado
A primeira grande medida da
gestão Flávio Dino que contribuiu para o aumento nas apreensões de drogas foi a
criação da Senarc, aponta o delegado Carlos Alessandro. O órgão foi instituído
pela lei n° 10238 de maio de 2015. A superintendência iniciou o funcionamento
efetivamente em agosto do ano passado, em substituição ao antigo Denarc –
Departamento de Narcóticos, e possui abrangência estadual. “A superintendência
é um órgão muito maior e temos agora uma estrutura própria que nos permite uma
ação mais direcionada e qualificada, com resultado imediato”, diz o delegado. A
Senarc conta nove delegados, investigadores e escrivães.
1,5
toneladas de drogas apreendidas
6,2
milhões em prejuízos para o tráfico
177 pessoas presas por tráfico
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