Crime aconteceu por volta de
16h de domingo (19), no bairro do Guamá. Segundo testemunhas, sete homens chegaram
no bar atirando.

Por G1 PA — Belém
A Polícia Civil do Pará investiga uma suposta relação
entre a chacina em que 11 pessoas foram mortas dentro de um bar no bairro
do Guamá, em Belém, no último domingo (19), com o tráfico de drogas.
Segundo testemunhas, sete homens chegaram ao local atirando. O Instituto Médico
Legal (IML) já identificou 9 das 11 vítimas. Uma pessoa ficou ferida e está sob
proteção policial.
O crime aconteceu por volta das 16h. De acordo com as
investigações, uma festa ocorria no local quando sete homens encapuzados
chegaram em uma moto e três carros e dispararam contra as vítimas. Quase todas
foram baleadas na cabeça.
Dos 11 mortos, seis são mulheres e cinco são homens. Entre os
mortos está a dona do bar. Veja os nomes de nove das 11 vítimas da chacina no
Guamá:
· Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro, de 52 anos, a dona do bar

·
Leandro Breno
Tavares da Silva, de 21 anos

·
Márcio Rogério
Silveira Assunção, de 37 anos
·
Sérgio dos
Santos Oliveira, de 31 anos
·
Tereza Raquel da
Silva Franco, de 33 anos
·
Samira Tavares
Cavalcante, de 35 anos

·
Flávia Teles
Farias da Silva, de 32 anos
·
Paulo Henrique
Passos Ferreira, de 24 anos
·
Meire Helen
Sousa Fonseca, de 35 anos
Um vídeo feito logo após o massacre mostra as vítimas
baleadas e caídas pelo estabelecimento, que tinha autorização para funcionar. O
corpo de uma mulher estava estirado em cima do balcão do bar, há pessoas
jogadas no chão, encostadas nas paredes, um homem aparece caído em cima de uma
mesa e outro em um sofá. Há sangue espalhado por todo o espaço.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o
crime e realiza buscas aos criminosos. Ninguém foi preso até o início da manhã
desta segunda-feira (20). Até o momento, cinco pessoas foram ouvidas.
Além da possível relação com o tráfico de drogas, a polícia
também não descarta outras hipóteses para o crime, já que na semana passada três policiais militares foram assassinados em Belém.
Uma reunião
da cúpula de segurança do Estado foi convocada pelo governador Helder Barbalho
para tratar de medidas emergenciais depois da chacina. Em um vídeo publicado
nas redes sociais, o governador diz que as ações de segurança pública não vão
enfraquecer.
"Nós
não vamos recuar. Se esta iniciativa, se esse sinistro ocorrido no bairro do
Guamá é para intimidar as ações de segurança do Governo esqueçam, porque nós
vamos continuar firmes e trabalhando para garantir o direito da população a ter
paz e segurança com qualidade”, disse Helder.
A
Polícia Civil já tem informações sobre os armamentos usados pelos criminosos
durante a ação. Ainda não se sabe qual seria a motivação do crime, mas a
polícia não descarta nenhuma linha de investigação. De acordo com a Segup, o
policiamento com a presença da Força Nacional será reforçado no bairro do Guamá.
O
Secretário de Segurança Pública, Uálame Machado, falou sobre uma possível
relação dos crimes com milícias. “O inquérito foi instaurado ainda no domingo,
ainda é recente para dar uma resposta final. A delegacia de homicídios é
responsável pela investigação e várias linhas são investigadas todas elas com
profundidade", revela.
O
secretário disse ainda, que a Polícia Militar também instaurou um procedimento
interno para apurar se houve envolvimento de policiais no caso. A Segup também
investiga se houve a participação de presos na ação criminosa.
Bairro recebeu Força Nacional
O Guamá é o bairro mais populoso de Belém e um dos sete da região
metropolitana da capital paraense que receberam, em março, a Força
Nacional, devido aos elevados níveis de criminalidade. Ao todo, 274
agentes fazem o patrulhamento nesses locais, batizados de territórios de pacificação
pelo governo estadual. Segundo a gestão Helder Barbalho (MDB), houve queda no
número de mortes no primeiro mês de atuação.
Postar um comentário
Seja bem vindo ao blog.
Sua presença é fundamental para o sucesso deste blog. Agradeço pelo comentário!