Daniel Nascimento
A Polícia Civil do Maranhão, por meio do Departamento de
Homicídio e Proteção à Pessoa-DHPP/ITZ, com apoio de uma equipe da
Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa – SHPP/SLZ, deflagrou a
“Operação Cobiça” e prendeu, na manhã de hoje(13), Alex Cardoso dos Santos, sua
ex esposa, Andressa Carvalho Dias e Hidelbrando Alves Lima Torres, vulgo
“Felipe”, suspeitos de assassinato cometido contra Edvalto Antonio Rodrigues,
empresário de Anápolis/GO, que foi assassinado e teve o corpo queimado, dia 16
de julho de 2019, no município de Buriticupu/MA.
A Vítima Edvalto Antonio Rodrigues era
empresário em Anápolis/GO, era sócio de Alex em um negócio que consistia no
fornecimento de sementes, adubos e defensivos agrícolas a agricultores que
trabalham com soja, em Buriticupu.
Alex, que fazia manutenção em máquinas
agrícolas e conhece os agricultores da região, intermediava a vende dos
produtos comercializados por Edvalto que costumava entregar os produtos e
também para receber os pagamentos, normalmente, de valores elevados.
Dia 13 de julho de 2019 a vítima veio de
Anápolis para Buriticupu receber pagamentos no valor de R$600 mil referentes a
produtos vendidos e uma caminhonete tipo Amarok, cor branca, também parte do
pagamento.
Edvalto recebeu a caminhonete, se hospedou
em um hotel em Buriticupu e, na terça-feira, 16 de julho, foi até a casa do
Alex para consertar algumas peças quebradas da caminhonete. Feito o conserto,
no final da tarde/início da noite o empresário desapareceu, deixou de fazer
contato com a família.
Segundo as investigações, nesse mesmo dia,
16 de julho, por volta das 19h, ele foi morto, pois há depoimentos de moradores
da localidade onde o seu corpo foi encontrado carbonizado – zona rural,
aproximadamente 40km da cidade de Buriticupu – informando que ali teriam ouvido
disparos de arma de fogo, no dia e horário citados.
Interrogados, Alex e o seu funcionário
Idelbrando Alves Lima Torres, vulgo “Felipe”, disseram ter deixado a vítima em
um restaurante da cidade, no entanto, as imagens das imediações do restaurante
citado não mostram Alex deixando a vítima ou sequer indo ao local no dia e hora
citados.
De acordo com a investigação, os pertences
do Sr. Edvalto foram recolhidos por uma pessoa que tinha a chave do quarto
usado por ele e que disse ser seu funcionário, pessoa essa ainda não
identificada, mas que, segundo imagens de câmeras da região, entrou no carro do
Alex após sair do hotel.
A Polícia Civil pediu a busca e apreensão
dos telefones e do carro de Alex e constatou, ao usar o reagente “luminol”, a
presença de sangue no interior do veículo.
De acordo com as conversas mantidas por
Alex com um advogado, foi determinado que ele entrasse em contato com Antônio
Batista Figueiredo Filho, vulgo “DECLÉ”, que se encontra preso por assalto, no
sentido de garantir que ele não contasse à polícia sobre o assassinato de
Edvalto.
Quanto a Andressa Carvalho Dias, ex esposa
de Alex, a investigação mostra que ela efetuou transferências bancárias para
“Felipe, fez pagamento de advogados e que o dinheiro que deveria ter sido
recebido pela vítima estava sendo movimentado por ela. Além da camionete, que
seria recebida pela vítima como parte do pagamento, ter tido o recibo de
transferência preenchido no nome dela. Por fim, Andressa também tratou com
advogados sobre a interpelação do quarto envolvido, “Declé”, que conforme
citado antes, está na prisão por assalto.
Diante das evidencias, foram pedidas as
prisões de Alex Cardoso dos Santos e de Andressa Carvalho Dias que foram
decretadas e cumpridas. As investigações continuam e, em 30 dias, o Inquérito
deve ser concluído e encaminhado ao judiciário.