A Superintendência Estadual
de Investigações Criminais (SEIC) realizou 429 prisões em 2020, incluindo
flagrantes e mandados de prisão. Nos últimos quatro meses, cresceu em
aproximadamente 45% o montante de suspeitos detidos. Destaque para megaoperações
que desarticularam quadrilhas especializadas em crimes de tráfico, cibernético
e assalto a banco. Em uma das operações, a SEIC desarticulou um grupo que
movimentou R$ 13 milhões em crimes contra instituição financeira.
Considerando o ano de pandemia,
que trouxe desafios ao trabalho policial, a produtividade da SEIC foi um marco.
O titular da SEIC, delegado Carlos Alessandro Rodrigues, ressalta que
“atravessamos um ano muito difícil, mas conseguimos desenvolver um trabalho com
êxito”.
O delegado pontuou o
expressivo número de prisões, de apreensão de armas e drogas, além das grandes
operações realizadas. “Considero que, o planejamento bem organizado, o trabalho
conjunto e o foco na prisão de lideranças do crime, têm nos levado a resultados
positivos, com a contenção da violência e a consequente redução de casos”,
ressaltou.
O avanço das operações no
ano de pandemia é resultado dos inúmeros casos investigados e operações
realizadas pela SEIC. O trabalho contabiliza ainda 58 armas apreendidas e 270
mandados de busca e apreensão cumpridos (representando um aumento de 308% em
relação a 2019). A apreensão de drogas – crack, maconha e cocaína – ultrapassa
os 120 quilos.
Em megaoperação batizada de
Ostentação, equipes do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos
(DCCT/SEIC), desarticulou grupo de hackers que aplicou golpe contra instituição
financeira, causando um prejuízo de R$ 13 milhões. A quadrilha criava sites falsos
de lojas para conseguir dados pessoais e financeiros das vítimas. O golpe
envolvia outros crimes no modo virtual como empréstimos bancários fraudulentos
em nome de terceiros e uso ilícito de criptomoedas.
Desenvolvida em duas fases,
a operação Ostentação totalizou 58 prisões e 99 cumprimentos de busca e
apreensão. Mais de 280 policiais fizeram incursões em cidades da Região
Metropolitana de São Luís, em Imperatriz e em outros sete municípios
maranhenses; além de municípios do estado do Tocantins. No período eleitoral,
um total de 75 pessoas foram presas em flagrante. A operação contabiliza ainda
14 armas de fogo apreendidas, 120 boletins de ocorrência registrados e mais de
R$ 160 mil em dinheiro recuperados.
Em junho do ano passado, o
DCCT/SEIC prendeu um suspeito de aplicar golpe em empresas de diversões
aquáticas na capital, clonando cartões de créditos, comprando nos sites e
revendendo na própria internet. Em uma das empresas, o grupo causou prejuízo de
R$ 40 mil. No mesmo mês, na Operação Safra, com apoio da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), foi apreendido, em fazenda na cidade de Balsas, caminhão e carga
de 1.980 litros de defensivos agrícolas. O montante foi avaliado em R$ 500 mil.
Investigações apontaram que o proprietário falsificava o produto e vendia como
original.
No ano passado, operação
conjunta com a Polícia Civil do Piauí, resultou em nove presos, sete indiciados
e uma morte em confronto, a partir de assalto no estado de Tocantins. Um dos
suspeitos é apontado como responsável por diversos homicídios, assaltos a
agências bancárias na cidade de Tutóia e roubo de mais de 100 cabeças de gado
na região de Grajaú, onde foi detido. “Com essas prisões, ao menos três crimes
sofreram redução naquelas áreas. O compartilhamento de informações, em trabalhos
conjuntos, possibilitou um avanço ainda maior nas ações”, frisa o delegado
Carlos Alessandro Rodrigues.
Outra ação de grande
destaque foi a prisão de um suspeito por assaltos a pelo menos três
instituições bancárias. O homem foi preso em ação realizada no começo do ano
passado pelo Departamento de Combate ao Roubo a Instituições Financeiras
(DCRIF/SEIC). O detido tinha como marca a ação violenta e agressiva. Além do
Maranhão, o homem agia também no Ceará e tinha mandados de prisão em aberto
emitidos pela justiça do Pará.
Em operação do Departamento
de Combate ao Roubo de Cargas (DCRC/SEIC) foi apreendida uma carga de maconha
prensada e pronta para venda. A droga estava sendo transportada por um homem de
Minas Gerais e um maranhense. Ao avistarem a barreira de policiais, na Estiva,
a dupla tentou fugir, mas foram perseguidos e presos pela polícia. No interior
do veículo foram encontradas 113 peças de maconha.
Outra ação de destaque do
DCRC/SEIC foi a prisão de um homem que comandava um grupo que causou um prejuízo
de R$ 1 milhão a empresas, segundo a polícia. “Estes resultados, bem positivos,
vêm de um planejamento estratégico e operacional que temos elaborado e posto em
prática com todos os nossos departamentos, apoio das demais estruturas da
Polícia Civil e órgãos do sistema de Segurança”, conclui o delegado Carlos
Alessandro Rodrigues.
Estrutura
A SEIC é órgão da Polícia
Civil e conta com os Departamentos de Combate ao Crime Organizado (DCCO), que
atua contra organizações criminosas; Combate ao Roubo a Instituições
Financeiras (DCRIF), contra ocorrências a bancos e demais instituições
financeiras; Defesa de Serviços Delegados (DDSD), investiga fraudes a empresas;
Combate a Crimes Tecnológicos (DCCT), contra crimes cibernéticos; e Combate de
Roubos a Cargas (DCRC).
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