OPERAÇÃO "VOU DE TÁXI" DESVENDA ESQUEMA DE VENDAS ILEGAIS DE VAGAS DE TÁXI EM BACABAL

Bacabal, 4 de Abril de 2024 – A cidade de Bacabal, localizada no estado do Maranhão, tornou-se o epicentro de uma operação policial complexa e reveladora denominada "Vou de Táxi". A ação, coordenada pelo Delegado Regional Égiton Rocha, desencadeou-se a partir da prisão de Marcos Rovélio no dia 21 de fevereiro, por adulteração nos sinais identificadores de seu veículo. Este evento foi apenas a ponta do iceberg de uma investigação mais profunda que expôs um esquema corrupto envolvendo a venda ilegal de vagas de táxi no município.

Desdobramentos da Operação

Nas primeiras horas desta quinta-feira, a Polícia Civil de Bacabal executou diversas ações que resultaram na prisão de 6 indivíduos, dentre eles um funcionário da 5ª Ciretran identificado como Adson, e Jaílson Lira, um despachante. Outros alvos significativos da operação foram Francisco de Sousa Lima Neto e José de Alencar Costa, respectivamente secretário e adjunto da Secretaria de Finanças de Bacabal, que estão foragidos, bem como Verneick, proprietário de uma lan house também envolvido no esquema.



A Origem da Investigação

A investigação ganhou corpo ao observar-se a desproporcionalidade no número de carros com placas vermelhas de táxi circulando pela cidade, em contraste com a população de aproximadamente 103.000 habitantes, segundo dados do IBGE. A legislação municipal, através de decretos e leis, regula a quantidade de vagas de táxi proporcionalmente ao número de habitantes, estabelecendo, por exemplo, uma média de um táxi para cada 700 a 800 pessoas. No entanto, mais de 400 veículos foram identificados operando como táxis, um número muito acima do limite estimado de 100 veículos para a população local.

Revelações e Confissões

Através de delações premiadas e análise de dados apreendidos, especialmente de dispositivos móveis, a polícia conseguiu mapear a estrutura da associação criminosa e seus métodos de operação. Foi descoberto que o esquema não só facilitava a venda de vagas de táxi ilegais, mas também envolvia a sonegação de tributos e coação de testemunhas.

Impacto Financeiro

O prejuízo ao erário, causado pela isenção de IPVA e ICMS de forma fraudulenta para veículos registrados indevidamente como táxis, é estimado em mais de 13,65 milhões de reais desde 2020, com um alarmante aumento no primeiro trimestre de 2024.




Próximos Passos

O delegado Égiton Rocha adiantou que a segunda fase da operação focará naqueles que se beneficiaram do esquema, incluindo funcionários públicos e outras figuras importantes da sociedade local. Medidas judiciais foram solicitadas para impedir a continuação das práticas ilegais e para garantir que não sejam concedidas novas isenções fiscais baseadas em fraudes.

A operação "Vou de Táxi" destaca a importância da vigilância constante e da ação decisiva das autoridades para combater a corrupção e proteger o patrimônio público. As investigações seguem em curso, com a promessa de mais revelações e ações enérgicas contra os envolvidos no esquema.

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