A Polícia Civil do Maranhão deu mais um passo na elucidação do assassinato do taxista Raul, ocorrido em São Mateus do Maranhão, crime que ganhou repercussão nacional. Neste sábado, o delegado Miguel Ângelo, titular de São Mateus, detalhou a prisão de Henrique Ribeiro, o segundo suspeito de participação no crime.
Henrique Ribeiro, que estava foragido, apresentou-se espontaneamente na Delegacia de Coroatá acompanhado de seu advogado. Segundo o delegado, a pressão policial e a mobilização da sociedade foram cruciais para a entrega. O primeiro suspeito, Henrique Costa, já havia sido preso anteriormente e encontra-se no presídio de Piratininga.
De acordo com os depoimentos colhidos, os dois suspeitos contrataram o táxi na rodoviária de São Mateus e, durante o trajeto, renderam Raul utilizando uma faca. Após circularem pela cidade, decidiram matá-lo para roubar o veículo, o celular e realizar transações financeiras com o aplicativo da vítima. "Eles conseguiram fazer um Pix de R$ 1.000 após obter a senha do aplicativo", afirmou o delegado.
Motivo do crime
Ainda conforme o relato de Henrique Ribeiro, a decisão de assassinar o taxista partiu de Henrique Costa, que temia ser identificado pela vítima. "O Henrique Costa disse que, se o taxista permanecesse vivo, eles teriam problemas", explicou o delegado. A crueldade do ato chocou a comunidade de São Mateus e motivou intensas buscas pelos suspeitos.
Procedimentos e próximas etapas
Henrique Ribeiro permanecerá no presídio de Coroatá, por decisão judicial, já que possui familiares na cidade e manifestou o desejo de não dividir o mesmo espaço com Henrique Costa. O inquérito policial foi concluído e os dois foram indiciados por latrocínio, crime que prevê penas de 20 a 30 anos de reclusão.
Além disso, uma testemunha foi indiciada por falso testemunho, e a Polícia Civil requisitou a exumação do corpo da vítima para novas análises. "Essa diligência depende de autorização judicial, mas será fundamental para afastar qualquer dúvida sobre a cronologia dos fatos e a participação dos suspeitos", destacou o delegado.
Resposta à sociedade
O delegado Miguel Ângelo enfatizou que o Estado respondeu à altura diante de um crime tão grave. "Foi um trabalho que envolveu a Polícia Civil, Polícia Militar, imprensa e a sociedade, mostrando que o cerco estava fechado. Conseguimos capturar os suspeitos e oferecer à Justiça um inquérito bem instruído, com provas robustas para garantir a condenação dos responsáveis", concluiu.
O caso continua sendo acompanhado de perto, e a população de São Mateus aguarda a condenação dos acusados como um ato de justiça para a família do taxista Raul.
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