O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (7), na Delegacia Regional de Presidente Dutra. Ele é apontado como o autor dos disparos que mataram o soldado da Polícia Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, conhecido como "Dos Santos", durante um evento festivo no último fim de semana.
A tragédia ocorreu durante uma vaquejada no município de Trizidela do Vale. De acordo com informações obtidas pela investigação, o policial — que estava de folga — teria abordado o prefeito reclamando que o farol alto de um veículo estaria atrapalhando a visão dos presentes no local. A discussão teria gerado um desentendimento, e, segundo relatos de testemunhas, João Vitor foi até um carro preto, de onde pegou uma arma de fogo.
Em seguida, o prefeito teria retornado ao local do conflito e, pelas costas, efetuado ao menos cinco disparos contra o policial, que caiu ao chão sem tempo para reagir. Geidson ainda foi socorrido com vida, inicialmente levado ao hospital de Pedreiras e, posteriormente, transferido para uma unidade em Peritoró, mas não resistiu aos ferimentos.
Câmeras de segurança instaladas próximas ao local auxiliaram na investigação. As imagens analisadas mostram o suspeito indo até o carro e depois se aproximando novamente do grupo onde estava o PM. Apesar de o vídeo não registrar o momento exato dos disparos, ele reforça a versão apresentada por testemunhas.
Segundo os investigadores, os tiros atingiram o policial militar pelas costas, e há também relatos de que, durante o momento de tensão, um dos envolvidos teria feito um gesto insinuando sacar uma arma — ponto que ainda está sendo apurado.
Geidson que é natural de Bacabal, era lotado no 19º Batalhão da Polícia Militar e era bastante conhecido entre os colegas de farda. Seu corpo está sendo velado nesta segunda-feira (7), sob forte comoção.
A defesa do prefeito João Vitor afirmou que os fatos ainda estão sendo apurados e que deverá adotar a tese de legítima defesa. A Polícia Civil, por sua vez, continua com as diligências e aguarda o posicionamento do Ministério Público para dar andamento ao processo.
O caso gerou grande repercussão na região e mobilizou unidades especializadas da segurança pública, incluindo o COSAR (Comando de Operações de Sobrevivência em Área Rural), que chegou a atuar nas buscas ao suspeito enquanto ele era considerado foragido.
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