POLÍCIAS DO PARÁ E MARANHÃO PRENDEM SUSPEITO DE FRAUDE BANCÁRIA DE MAIS DE R$ 100 MILHÕES DE CLEINTES DO BANCO BASA

Na manhã desta terça-feira (23), uma operação conjunta das Polícias Civis do Pará e do Maranhão resultou na prisão de Arlisson Lima Queiroz, de 35 anos, na cidade de Santa Inês. Ele é apontado como autor intelectual de um desvio milionário de contas do Banco da Amazônia (BASA), em Belém (PA).

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

Segundo as investigações, Arlisson foi o responsável por cooptar um funcionário do BASA em Santa Inês, identificado como Janderson, preso na primeira fase da operação. O servidor teria recebido R$ 2 milhões em propina para inserir um dispositivo eletrônico malicioso, conhecido como Microtic, no sistema da agência.

Esse dispositivo interceptava senhas de gerentes, autorizava automaticamente transações e desviava valores de clientes de Belém, escolhidos previamente pelo grupo criminoso.

Em apenas 5 minutos, cerca de R$ 107 milhões foram transferidos para 108 contas bancárias espalhadas pelo país.

INVESTIGAÇÃO

De acordo com o delegado Tainan Melo, da Polícia Civil do Pará, parte do dinheiro foi recuperada graças ao rastreamento do sistema bancário e ao bloqueio de contas via Pix.

“Foram valores expressivos desviados em pouco tempo. Uma parte significativa foi recuperada, mas seguimos investigando onde o restante foi parar, pois há indícios de lavagem de dinheiro e participação de outros integrantes no esquema”, destacou.

O delegado regional de Santa Inês, Alisson Guimarães, reforçou que novas fases da operação devem ocorrer, com mais prisões previstas:

“Estamos diante de um crime complexo, que envolve corrupção, fraude eletrônica e movimentações milionárias. A investigação continua para identificar todos os envolvidos”.

CONTEXTO

• Primeira fase: prisão do servidor do BASA, em Santa Inês.

• Segunda fase (hoje): prisão de Arlisson Queiroz, apontado como mentor do esquema.

• Próximos passos: rastrear o destino do dinheiro restante e identificar outros suspeitos.

A fraude expôs a sofisticação de crimes cibernéticos contra o sistema bancário e a importância da cooperação interestadual entre polícias para combater esse tipo de ação criminosa.