ASSISTA AO VÍDEO: AGRESSÕES, MEDIDA PROTETIVA E INVESTIGAÇÃO: O CASO QUE ABALOU SANTA INÊS



Foram quatro anos de convivência entre o engenheiro civil Luciano Botelho, 37 anos, e a empresária Elaine Souza, 35 anos, período em que ambos construíram juntos uma trajetória no ramo da construção civil. Há cerca de dois anos, o casal decidiu fixar residência em Santa Inês, no bairro Jardim, atraído por contratos mais vantajosos e novas oportunidades profissionais.


O episódio que resultou na ruptura da relação ocorreu no início de outubro. Elaine precisou viajar para São Luís para acompanhar o pai, que estava doente. Ao retornar, encontrou uma situação inesperada: Luciano havia movimentado contas da empresa sem autorização e adquirido um veículo. A descoberta deu início a discussões que evoluíram para agressões físicas.





Na manhã do dia 8 de outubro, enquanto tomavam café, Elaine questionou o companheiro sobre o destino do dinheiro utilizado. Segundo o depoimento da empresária, foi nesse momento que as agressões começaram. Uma funcionária presente na casa ainda tentou conter Luciano, mas ele voltou a atacar a vítima em seguida. Elaine conseguiu alcançar o celular que estava sobre a mesa e se trancar no quarto antes de fugir.


Após os ataques, Luciano telefonou para a mãe da empresária afirmando ter feito “algo terrível”. A família entrou em desespero até conseguir contato com Elaine, que já seguia de volta para São Luís.


Ela prestou queixa e solicitou medida protetiva. Mesmo assim, segundo o relato, Luciano descumpriu a determinação várias vezes, chegando a alugar uma casa na mesma rua onde Elaine passou a morar. Em um dos episódios, ele teria invadido a residência na tentativa de reatar.


O inquérito inicialmente aberto em São Luís foi transferido para a Delegacia da Mulher de Santa Inês, onde foi concluído ainda em outubro e encaminhado ao Poder Judiciário.


A delegada Luana Souza comentou o caso e reforçou a atuação da polícia:


“Situações como essa jamais serão admitidas. A violência doméstica será sempre combatida firmemente. Todas as medidas cabíveis foram adotadas e o inquérito foi remetido ao Judiciário com o indiciamento formal do autor por lesão corporal dolosa”, afirmou.


Sobre questionamentos de por que Luciano não foi preso no momento das agressões, ela explicou:


“Ele se apresentou. Os requisitos legais para o flagrante não estavam preenchidos, e os critérios para prisão preventiva também não se aplicavam naquela ocasião. Seguimos vigilantes, priorizando a proteção da vítima.”


A delegada reforçou o apelo para que mulheres denunciem qualquer indício de violência psicológica ou física:


“As nossas portas permanecem abertas. Estamos prontas para acolher, orientar e investigar todos os casos de violência doméstica que chegarem.”


Todas as informações relatadas nesta reportagem foram repassadas pela própria vítima, que preferiu não conceder entrevista gravada. A equipe também tentou contato com Luciano Botelho, que afirmou não ser o momento adequado para se pronunciar, mas que poderá falar futuramente na presença de um advogado.




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