Mulher tem o direito de autodefesa, e pode, com o alfinete, constranger o abusador
Contra “encoxadas”
Os alfinetes serão dados em um saquinho plástico, acompanhados de um papel com a frase “Não me encoxa que eu não te furo”. A campanha foi organizada pelo Movimento Mulheres em Luta, criado em 2008 e ligado ao CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).
Segundo integrantes do coletivo, a ideia do ato surgiu após uma propaganda do Metrô dizer que vagões lotados eram bons para “xavecar a mulherada”.
O anúncio foi veiculado na rádio Transamérica mês passado. O Metrô disse que a peça era inapropriada e culpou a rádio pelo conteúdo.
“Queremos suscitar esse debate do abuso no transporte. A mulher tem o direito de autodefesa, e pode, com o alfinete, constranger o abusador. Muitas já usam o recurso no dia a dia”, diz Camila Lisboa, 29, membro do coletivo.
Neste ano, a polícia registrou 34 casos de mulheres abusadas no metrô. Ontem, duas pessoas foram detidas na estação Sé sob acusação de abuso sexual.
O grupo feminista pretende, em breve, distribuir os alfinetes em estações mais movimentadas do Metrô e CPTM.
PROTESTO ONLINE
No última sexta-feira, um grupo de mulheres fez um protesto virtual contra o machismo no país. Elas publicaram no Facebook fotos sem roupa, da cintura para cima, com cartazes cobrindo os seios e frases como “Eu não mereço ser estuprada”.
O ato foi criado após uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontar que 65% dos brasileiros concordam que “mulher que mostra o corpo merece ser atacada”.
Folha de São Paulo
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