Centenas de pessoas se reuniram neste sábado (5) para participar da quarta edição da Marcha das Vadias, no Centro de Curitiba. A concentração começou às 11h na Praça 19 de Dezembro e depois o grupo passou pela Estátua de Nossa Sra da Luz, pela Catedral de Curitiba e terminou na Boca Maldita. O movimento foi organizado em sua maior parte pelas redes sociais e luta pelo fim da violência contra a mulher e pela igualdade de gênero.
O sol brilhou desde as primeiras horas do dia e a temperatura agradável acima de 20ºC colaborou para que muitas mulheres tirassem as blusas para marchar contra o machismo, a homofobia, o racismo e outras formas de opressão na capital. Às 15h, a Polícia Militar (PM) informou que o protesto reuniu cerca de 350 participantes e que não houve tumulto durante a manifestação.
Já uma das organizadoras Jussara Melo afirmou que sete mil pessoas foram convidadas e que pelo menos três mil compareceram. "É sempre importante gritar e alertar a sociedade sobre essa violência que ocorre contra as mulheres diariamente. Nós lutamos e vamos continuar sempre nesta batalha para defender os nossos direitos", disse ao G1.
Em 2013, a marcha reuniu mais de mil participantes em Curitiba. O movimento surgiu no Canadá, em 2011 após uma onda de estupros ocorridos na Universidade de Toronto, quando um policial convidado para orientar sobre segurança, disse que as mulheres poderiam evitar o estupro se “não se vestissem como vadias”.
Essa fala gerou indignação e diversos protestos que culminaram na primeira Marcha das Vadias. O movimento, que se espalhou pelo mundo, questiona a cultura de responsabilizar as mulheres em casos de agressão sexual.
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