Ex-governador é alvo de pedido de prisão preventiva em operação da PF
Em foto de 2008, Lula (esquerda), Marisa, Adriana e Sérgio Cabral aparecem juntos em fotosDomingos Tadeu/PR/Arquivo
Do Estadão Conteúdo noticias@band.com.br
A mulher do ex-governador Sérgio
Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo, foi alvo de condução coercitiva na manhã desta
quinta-feira para prestar depoimentos. Cabral, alvo de pedido de prisão preventiva,
já está na sede da PF do Rio.
Ele deixou o prédio em que mora na
zona sul do Rio sob gritos de "bandido" e "ladrão".
Policiais usaram spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que se
colocaram em frente ao carro da Polícia Federal.
Cabral é investigado em duas frentes:
pela operação Lava Jato e por outra apuração que tem como foco esquema de
corrupção envolvendo a construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish.
Delatores citaram o nome de Cabral e o relacionaram a recebimento de propinas
milionárias.
Em depoimento, Cavendish contou que
deu de presente para Adriana um anel de R$ 800 mil em julho de 2009, durante
uma viagem a Mônaco. De ouro branco e brilhantes, o anel foi pago no cartão de
crédito do empresário. Adriana é suspeita de lavagem de dinheiro por meio do
seu escritório de advocacia.
A PF batizou a operação de Calicute.
O prejuízo estimado pelas ações ilícitas é superior a R$ 220 milhões. O esquema
de corrupção aponta pagamento de propina de 5% a 6% para a execução de obras no
Rio de Janeiro, incluindo a reforma do Maracanã, no período do governo de
Cabral.
A apuração em curso identificou
fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos
federais mediante o pagamento de propinas. A investigação é tocada em conjunto
pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público. Haverá coletiva de
imprensa às 10h desta quinta-feira para detalhar as investigações.
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