Durante meses PRF e MP/MA
acompanharam o ativo transporte e comércio ilegal de carvão vegetal, que vinha
destruindo a mata nativa no interior do estado. GAECO, IBAMA, SSP/MA, PC e
PM/MA também participaram da Operação. Entre os presos estão empresários e
agentes públicos que deveriam fiscalizar o transporte e o comércio ilegal de
carvão
No início da manhã de
quarta-feira (7), uma força tarefa formada pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF), Ministério Público do estado do Maranhão (MP/MA), Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente (IBAMA), Secretaria de Segurança Pública do estado do Maranhão
(SSP/MA), Polícia Federal (PF), Polícia Civil (PC/MA) e Polícia Militar do
Maranhão (PM/MA) deram cumprimento a vários mandados de prisão em desfavor de empresários,
motoristas e agentes públicos do estado envolvidos em um esquema criminoso de
transporte e comércio de carvão vegetal proveniente de mata nativa derrubada
principalmente na região central do Maranhão. O esquema abastecia o comércio de
carvão na Ilha de São Luís e em outras regiões.
Em 2016 a quantidade de carvão
apreendido pela PRF nas BRs que cortam o estado se manteve acima da média dos
anos anteriores, o que atraiu a atenção do policiamento. Somente nos meses de
outubro e novembro deste ano foram quase oitenta metros cúbicos de carvão
apreendidos nas rodovias federais sem licença ambiental e/ou nota fiscal, o que
totalizou mais de quinze mil sacas grandes do produto, extraído dos municípios
localizados na região central do estado, sendo Presidente Dutra, Barra do
Corda, Grajaú, Colinas e Fernando Falcão.
Outros carregamentos irregulares
saíram de carvoarias em Anapurus e Santa Quitéria, na região do Baixo Parnaíba,
a nordeste do estado. Uma saca de carvão na fonte (carvoaria) custava oito ou
nove reais. No destino final (comércio) o produto era embalado em pequenos
pacotes e vendido por valores bem acima, entre dez e quinze reais.
Os
motoristas ou proprietários das carretas, que transportavam até mil e duzentas
sacas de carvão, ganhavam cerca de três mil reais pelo transporte, valor bem
acima de um frete normal. A partir de agosto a PRF começou a fechar o cerco
contra o transporte e comércio ilegal. Foram várias prisões e apreensões no
período, o que motivou, inclusive, a mudança da rota por alguns comerciantes,
que passaram a fazer um trajeto pelo ferry boat, praticamente dobrando a
distância e a duração da viagem, tudo com o objetivo de fugir da fiscalização.
Na maioria dos casos o transporte irregular acontecia com a conivência de
agentes públicos, sobretudo fiscais, que faziam vista grossa quando da passagem
dos veículos carregados. A omissão rendia, em média, trezentos reais por
veículo irregular liberado. Um dos alvos da Operação é um empresário do bairro
Cidade Operária, em São Luís, que foi preso recentemente pela PRF ao oferecer
dois mil reais aos agentes quando da apreensão de um grande carregamento de
carvão na Unidade Operacional de Pedrinhas, na capital maranhense. Outras duas
cargas dele foram apreendidas.
Os mandados começaram a
ser cumpridos nas primeiras horas da manhã, quando policiais, delegados e promotores se
dirigiram a residência ou ao local de trabalho dos alvos da operação. No início
da noite, ao final da Operação Ouro negro, os policiais registraram o seguinte
resultado:
33 toneladas de carvão
apreendidos, só na capital;
2 caminhões e um trator
apreendidos;
2 - motosserras;
1 - veículo Celta (não
citado placa) com ocorrência de roubo na posse de um alvo com mandado de
prisão;
2 - espingardas
apreendidas na Fazenda em Anapurus sem calibres/munições citadas ainda.
Prisões e Mandados Buscas:
13 - prisões efetuadas;
8 mandados de busca e
apreensão (MBA) em depósitos;
12 MBA's em residências;
2 Preventivas de PMs cumpridas pelo Comando
Geral da PM.
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