No período de janeiro à segunda semana de dezembro de 2016
a apreensão de drogas realizada pelas polícias Civil e Militar no Maranhão foi
de 5,6 toneladas. O total corresponde ao somatório de crack, cocaína e maconha
retirados de circulação em todo o estado, o valor é mais que o dobro do que era
retirado das ruas em 2014, quando foram apreendidas 2,4 toneladas dos mesmos
entorpecentes.
“Este crescimento significa que a
investigação especializada e os esforços realizados pelo Governo do Maranhão
para combater o crime organizado têm dado resultados. Com essas apreensões o
tráfico tem suas forças diminuídas, uma vez que o recurso resultante da venda
dessa droga é que financia as práticas criminosas e a compra de armas de fogo
pelas facções que ao longo dos últimos anos tinham se instalado aqui no
estado”, explicou o delegado Geral de Polícia Civil, Lawrence Pereira.
Redução de poderio das facções que
pode ser contabilizado em valores monetários. De acordo com a estimativa da
Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico (Senarc), a avaliação das
drogas apreendidas até agora ultrapassa os R$ 10 milhões. Além disso, mais de
220 pessoas foram, e mais de 40 armas apreendidas, entre elas metralhadoras,
fuzis e outras de grosso calibre.
Sobre as drogas, apenas em 2016 foram
3,8 toneladas de maconha, 523 kg de crack e 52 kg de cocaína. Para se ter ideia
do crescimento no total de apreensões, em 2014 eram apreendidos2,3 toneladas de
maconha; 98 kg de crack e 57 kg de cocaína.
Especialização
As operações para apreensões de
drogas têm sido realizadas pela Polícia Militar e pelas Superintendências
Estadual de Investigações Criminais (SEIC) e de Combate ao Narcotráfico
(Senarc), essa última criada especialmente para o combate desses crimes.
“Pode-se dizer que a criação da
Senarc na gestão do governador Flávio Dino é um marco. Só a apreensão de crack,
por exemplo, cresceu 300%. E isso é possível porque esse tipo de crime passou a
ser tratado da maneira correta, temos uma superintendência, com Departamento de
Capital e Interior e policiais e estrutura voltadas especificamente para
identificação de rotas e busca dos grandes distribuidores, o que faz a
diferença nessa quantidade de apreensões”, explicou o delegado Carlos
Alessandro, titular da Senarc.
Ainda de acordo com o delegado, a
quantidade de apreensões tem impactos diretos na configuração de outros índices
de criminalidade, como o CVLI (Crimes Violentos Letais e Intencionais) e o de
homicídios que já apresentam mais de 20% de redução no comparativo entre 2016 e
2014.
“Esse dinheiro (R$ 10 milhões) que
retiramos dessas quadrilhas, além das prisões que são feitas, desestruturam o
crime organizado. Eles não podem se equipar, comprar novas armas, carros e
principalmente cooptar novas pessoas, especialmente os adolescentes que são
atraídos pelas promessas de dinheiro”, explicou o delegado.
Denúncias
Carlos Alessandro também destaca o
aumento da participação popular nas apreensões com o uso do Disque-Denúncia e
também do número utilizado pela Senarc no aplicativo WhatsApp, (98)
9.9163-4899.
Na última terça-feira, 13, por
exemplo, a polícia apreendeu 80kg de maconha e prendeu três pessoas em um ponto
de distribuição de drogas que funcionava no bairro do São Cristóvão, na Avenida
Santos Dumont. A denúncia veio de populares, por meio do WhastApp. “As pessoas
veem que dá resultado e por isso elas denunciam mais”, comentou o delegado.
Além das intensificações das
operações, para 2017 a Senarc planeja realizar o trabalho de prevenção em
parceria com a Polícia Militar em bairros e escolas da capital e interior do
estado. “Já temos o uso dos cães farejadores que acabaram de chegar,
continuamos usando a inteligência para o mapeamento das rotas do tráfico e
vamos atuar mais diretamente com a Polícia Militar em escolas para evitar que
jovens e adolescentes não apenas consumam como também se tornem elementos desse
tráfico”, informou Carlos Alessandro
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