![]() Delegada da Mulher, Kazumi Tanaka. Foto: (Handson Chagas |
Assédio
sexual não é legal, ainda mais durante o carnaval, momento de diversão e não de
violência. Quem quer cair na folia deve ter atenção às situações que se
encaixam nesse tipo de constrangimento. Muitas delas são crime pela legislação
brasileira. O alerta é da delegada Kazumi Tanaka, à frente das Delegacias da
Mulher no Maranhão.
“No
carnaval, alguns têm essa compreensão de que tudo é permitido. É quando
comportamentos inadequados são adotados por causa do contexto descontraído da
festa. Além de indesejáveis, essas condutas são criminosas e acarretam em
sanções legais”, afirma Kazumi Tanaka.
A delegada
explica que, além do crime de assédio sexual conforme o artigo 216-A do Código
Penal, restrito ao espaço de trabalho, onde o assediador constrange um
funcionário para obter favores sexuais, outras agressões de cunho sexual podem
ser denunciadas.
“São
atitudes que podem ser tipificadas como crimes de injúria, ameaça, ato obsceno
ou mesmo o estupro”, diz Tanaka. Para coibir essas práticas, o Governo do
Estado preparou uma força-tarefa para levar informação e segurança ao circuito
oficial do Carnaval de Todos Nós.
“Já
iniciamos com algumas ações informativas nas redes sociais, além de rádio e TV.
Além disso, reforçamos a equipe de plantão na Casa da Mulher Brasileira para
melhor atender vítimas de assédio durante o carnaval”, informa Susan Lucena,
diretora da instituição.
É importante
que vítimas de assédio durante as festas de carnaval procurem um policial para
fazer a denúncia.
De acordo
com Susan Lucena, uma parceria da Casa da Mulher com a Secretaria de Estado da
Segurança Pública (SSP) está capacitando os policiais escalados para o circuito
na identificação e repressão do assédio. Há diálogo, também, com as secretarias
de Saúde, do município e do Estado, para atendimento das vítimas de agressão.
Já a Secretaria da Mulher (Semu) leva a campanha educativa para o Carnaval de
Todos Nós.
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Diretora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena. Foto: (Handson Chagas)
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A Casa da
Mulher Brasileira funciona normalmente em regime de 24 horas de plantão na
Avenida Professor Carlos Cunha, no bairro Jaracaty, em São Luís, o que se
mantém no carnaval. A instituição sedia a Delegacia Especial da Mulher (DEM) e
outros órgãos de proteção à mulher.
Em todo o
Maranhão, os plantões policiais e as Delegacias Regionais também vão atender 24
horas e haverá reforço policial nas cidades do interior com programação oficial
de carnaval.
“Desde 2015,
os índices criminais têm sido baixíssimos dentro dos circuitos, chegando a zero
nos casos de homicídio. Em 2018 a estratégia de segurança continua para
garantir um carnaval tranquilo em todo o Maranhão”, diz o subsecretário de
Segurança Pública, Saulo Ewerton.
A segurança
já está reforçada desde as prévias da festa, de acordo com o subcomandante da
Polícia Militar, coronel Jorge Luongo. “Desde o ano novo já temos uma
programação para o pré-carnaval, com reforço de efetivo nas ruas”, afirma. São
parceiros da operação a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur) e a
Prefeitura de São Luís, entre outros.
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