Os policiais militares presos atuavam na “linha de frente nos
assaltos" e recebiam cerca de 50% do valor roubado.
No total, cinco suspeitos foram presos na operação, sendo um em
Fortaleza-CE.
Eles foram identificados como Wanderley Rodrigues da Silva, cabo da PM; o
pai de Wanderley, que não teve a identidade divulgada; Bruno Costa de Oliveira,
soldado da PM; Josué Oliveira Santos, funcionário de uma transportadora em
Teresina; e Adolfo Cícero de Alencar Neto.
No Piauí, desde o fim do ano passado, vem sendo registrado uma série de
crimes envolvendo roubo a mercadorias. Em dezembro, cerca de 100 TVs e
celulares foram recuperados após terem sido levados do depósito de uma loja. Em
janeiro deste ano, o gerente de uma loja de departamento em Teresina foi
sequestrado e levado a um depósito para liberar celulares e TVs. Em fevereiro,
o Greco apreendeu uma carga de café e leite em pó roubada e avaliada R$ 1
milhão.
Os policiais militares presos atuavam na “linha de frente nos
assaltos" e recebiam cerca de 50% do valor roubado. Em entrevista
coletiva, o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, informou
que, no momento da abordagem, o cabo W. Silva ameaçou os policiais e disse que
"atirava se tivesse um fuzil".
No momento da abordagem foram apreendidas três armas de fogo, dinheiro,
entre outros objetos.
"Os PMs entravam realizando as abordagens e aproveitavam que podiam
utilizar arma de fogo para passar despercebido por abordagens policiais, se
utilizando dessa condição para praticar os assaltos. Eles também realocavam o
material em depósitos específicos. Após isso, comercializavam a carga para
terceiros e saíam distribuindo todo o dinheiro", disse o delegado Gustavo
Jung, presidente do inquérito.
"As investigações constataram que W. Silva e Bruno organizavam e
escutavam roubos de cargas nas regiões de Caxias e Santa Inês no Maranhão.
Constatou-se que Josué, funcionário de transportadora, passava informações
privilegiadas para Abimael (preso em janeiro deste ano) e este indicava para
seus comparsas qual caminhão ou empresa assaltar. Já o Adolfo ajudava na
logística dos roubos", completa o coordenador do Greco, delegado Tales
Gomes.
Gustavo Jung acrescenta que W. Silva também teria tido participação no
sumiço de R$ 300 mil do Banco do Nordeste, em dezembro de 2017. Em 2018, o PM
se envolveu em uma briga e acabou disparando contra o cantor Saulo do Gado.
"Cada um tinha uma função específica. Um era responsável pelas
informações dentro da transportadora que repassava para quem ia fazer as
abordagens e estes entregavam o material para quem aguardava no depósito. Aos
poucos, o material ia sendo retirado em carros menores para não serem
percebidos. De fato, a organização criminosa está bem configurada", disse
Jung.
Os presos serão indiciados por roubo e organização criminosa.
Com informações do Cidade Verde/Teresina
إرسال تعليق
Seja bem vindo ao blog.
Sua presença é fundamental para o sucesso deste blog. Agradeço pelo comentário!