G1 - MA
Quase trezentos (300) pacientes que fazem hemodiálise em
Bacabal, podem ficar tratamento. Isso se deve, segundo a clínica, ao não repasse
do Governo do Estado, cerca de R$ 1,4 milhão que são necessários para o custeio,
manutenção e atendimento aos pacientes. O local realiza hemodiálise em
pacientes da região Bacabal, Santa Inês e Pindaré.
A Biorim, localizado a 240
km de São Luís, que atende 290 pacientes de três
municípios na região do Vale do Pindaré, teria que ter recebido no começo deste
mês cerca de R$ 1.491,454 (Um milhão quatrocentos e noventa e um mil e quatrocentos
e cinquenta e quatro reais), pelos atendimentos realizados em julho e agosto
deste ano.
De acordo com Afonso Paulo Ferro, diretor da clínica Biorim, a clínica é a única na região especializada no tratamento de pacientes renais. "A clínica depende do recurso para sobreviver, para a gente manter vivos manter vivos os 290 pacientes que aqui dialisam. E nós estamos com dois meses em atraso. Contraímos dívidas, temos que pagar os fornecedores, funcionários, os médicos que aqui trabalham e dois meses, é uma situação calamitosa, é uma situação preocupante",
Cerca de 2 mil pacientes no Maranhão dependem do tratamento
de hemodiálise realizado por clínicas particulares no Estado, que recebem
verbas da Secretaria Estadual de Saúde (SES) ou das secretarias municipais. Em
2014, o governo do Estado recebeu R$ 7,5 milhões para a construção de sete
centros de hemodiálise em cidades maranhenses, mas seis obras continuam paradas.
A única unidade entregue foi o Centro de Hemodiálise de São
Luís, há cerca de um mês. Há duas semanas, das 42 máquinas do local, apenas 14
estavam funcionando e as demais ainda estavam embaladas. A SES alega que cerca
de 90 pacientes estão na fila de espera para o tratamento de hemodiálise na
Região Metropolitana de São Luís, e que as máquinas estão sendo ligadas de
forma gradativa.
Segundo a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e
Transplante (ABCDT), os valores já foram repassados pelo governo federal ao
Estado do Maranhão nos dias 12 de agosto e 16 de setembro.
O Governo do Estado através da Secretaria
Estado de Saúde alega que a clínica não apresentou a documentação necessária apontada
pela auditória pra receber o pagamento. A pesar do que disse o diretor do
centro, a Secretaria a firma que o pagamento de julho já foi feito depois atendidas
as pendências referias ao período.