Cerca de 80 internos participam do projeto em Itapecuru-Mirim e
Bacabal |
A partir desta terça-feira, dia 16,
cerca de 80 internos das APACs de Itapecuru-Mirim e Bacabal vão passar a
produzir máscaras de proteção para prevenção do contágio pelo coronavírus, com
o apoio da União Europeia, que destinou R$ 350 mil para 23 APACs dos Estados do
Maranhão e Minas Gerais.
A ação faz parte do Projeto “Más allá de las fronteras”
(Além das fronteiras) - com o lema “Humanizar a pena, promover a vida” -,
realizado pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil) e pela Fraternidade Brasileira de
Assistência aos Condenados (FBAC),
em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão, Corregedoria Geral da
Justiça e Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP).
No Maranhão, os recursos serão utilizados nas duas instituições
beneficiadas para a implantação de unidades produtivas de malharia em
Itapecuru-Mirim e Bacabal, onde cerca de 80 internos vão trabalhar,
inicialmente, na produção de máscaras de proteção contra a Covid-19. As
máscaras serão doadas a diversas instituições sem fins lucrativos, secretarias
municipais de saúde população carente. Após a pandemia, serão confeccionados
uniformes para o sistema penitenciário estadual, que serão adquiridos pela
SEAP.
O projeto tem a finalidade de estimular o desenvolvimento, nos
recuperandos, de sentimentos de solidariedade e amor ao próximo, promover a
capacitação e a ocupação dos internos durante a suspensão das visitas
familiares presenciais e atividades educativas e sociais.
Junto com a campanha, a AVSI e a FBAC pretendem fortalecer e expandir a metodologia APAC, modelo comprovadamente eficaz para ressocialização de apenados e a redução da reincidência no crime, que tem sete unidades instaladas nos municípios de São Luís, Imperatriz, Pedreiras, Timon, Itapecuru-Mirim, Bacabal e Viana.
PROGRAMAÇÃO - Nos três meses da campanha, serão desenvolvidas diversas ações,
que incluem a sensibilização da sociedade para a importância do combate à
tortura e aos maus-tratos no sistema prisional, no sentido de que a prisão seja
vista como uma oportunidade de regeneração do ser humano e a promoção da
metodologia APAC como alternativa viável à execução penal, disseminando a sua
metodologia e resultados práticos e a reflexão sobre as políticas criminais e
penitenciárias aplicadas no Brasil e na América Latina, com base nas
legislações internacionais, como as Regras de Mandela e o Protocolo de
Istambul.
A programação inclui a realização de palestras ao vivo nas redes sociais,
mediadas por magistrados, com especialistas da área e representantes das
instituições parceiras, entrevistas e a publicação de peças publicitárias sobre
o projeto nos meios de comunicação social.
Assessoria de Comunicação da Corregedoria
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