Nunca
se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como em 2021.
Diferença entre nascimentos e óbitos é a menor já registrada desde o início da
série histórica.
A
pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais
da população maranhense. Além das mais de 9.164 mil vítimas fatais atingidas
pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca
vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de
Registro Civil no Maranhão, em 2003: nunca se morreu tanto e se nasceu
tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor
diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro
Civil, base de dados
abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos
praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela
Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil),
cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil,
promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base
nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em
números absolutos os Cartórios do Maranhão registraram 17.381 óbitos até o
final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro
semestre, é 51,8% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 16,2%
maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro
meses no Maranhão. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o
aumento no número de mortes foi de 26,7%.
Com
relação aos nascimentos, o Maranhão registrou o menor número de nascidos vivos
em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final
do mês de junho foram registrados 47.941 nascimentos, número 10,6% menor que a
média de nascidos no estado desde 2003, e 10,5% menor que no ano passado. Com
relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos
caiu 12,8% no Maranhão.
O
resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um
primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo
período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no estado,
aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos.
A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 42.201 mil
nascimentos a mais, caiu para apenas 30.560 mil em 2021, uma redução de 27,6%
na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de
7,5%, e em relação a 2019 foi de 26%.
"A
pandemia impactou fortemente o nosso estado. Podemos perceber isso nos números,
que estão no Portal da Transparência e assim vemos o quão duro fomos afetados
pela onda do novo coronavírus que agora, devido à vacinação começa a ser mais
controlada", destaca o presidente da presidente da Arpen/MA, Devanir
Garcia.
Natalidade
e Casamentos
Embora
não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento
no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de
natalidade no Maranhão, o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem
um pouco a serem retomados, já que no primeiro semestre de 2021 o estado
registrou o terceiro menor número de casamentos desde o início da série
histórica.
Embora
37,8% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre no
Maranhão, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em
relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da
pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene
necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os Cartórios celebraram
5.559 casamentos civis, número 16,5% maior que os 4.772 matrimônios realizados
no ano passado, mas ainda 42,2% menor que os 9.620 casamentos celebrados em
2019.
Sobre
a Arpen/MA
Fundada
em fevereiro de 2014, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do
Estado do Maranhão (Arpen/MA) representa os titulares cartórios de Registro
Civil, que atendem a população nos municípios do Estado do Maranhão. É no
Registro Civil que são realizados os principais atos da vida civil de uma pessoa,
a exemplo do registro de nascimento, casamento, emancipação e óbito.
Assessoria de Imprensa da
Arpen/Maranhão
Assessores de Comunicação: Alexandre Lacerda, Amanda Pereira e Clara Sasse
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