TJMA/Amanda Campos
As irmãs Tainar e Tainara dos Santos foram submetidas a
julgamento popular na última quarta-feira (24), acusadas de prática de
feminicídio. O conselho de sentença optou pela culpabilidade e elas receberam
as penas de 18 e 16 nos, respectivamente. Conforme a denúncia do caso, elas
teriam matado, em 19 de abril de 2019, a vítima Kelrrey Daiana Ferreira
Mouzinho. As irmãs devem cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado, em
estabelecimento a ser determinado pelo sistema penitenciário do Estado.
O inquérito policial destaca que, na data acima
mencionada, as irmãs teriam, por motivo fútil, matado a vítima Kelrrey Daiana,
a facadas, sem chances de defesa. Segue relatando que, dois dias antes do
crime, a vítima teria se desentendido com as denunciadas em evento festivo que
ocorria na cidade. Continua o inquérito que as irmãs foram até a casa de
Kelrrey com o propósito de matá-la. A vítima ainda tentou se defender usando
uma churrasqueira mas, devido à força das duas irmãs e aos golpes recebidos,
ela caiu, sendo atingida mais algumas vezes.
Kelrrey ainda foi levada ao hospital, mas não resistiu aos
ferimentos e faleceu. Depois de cometerem o crime, Tainar e Tainara se evadiram
do local. Algum tempo depois, as irmãs se apresentaram à polícia, já fora do
flagrante. Entretanto, depois de estarem cientes do mandado de prisão, elas
fugiram novamente e foram encontradas em Rosário, alguns dias depois.
“Vê-se, portanto, que a materialidade e a autoria
delitiva restaram comprovadas por meio de exame cadavérico e depoimentos de
testemunhas, que foram unânimes em afirmar que as irmãs foram as autoras do assassinato
de Kelrrey”, explanou a denúncia, oferecida pelo Ministério Público. A sessão
de julgamento teve a presidência do juiz Alistelman Mendes Dias Filho e foi
realizada no Sindicato dos Servidores Municipais de Matinha.
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