POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA SUSPEITA DE CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Na manhã desta quarta-feira (14), a Polícia Federal deflagrou a Operação "18 Minutos" para investigar uma organização criminosa suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). A operação, que também se estende aos estados do Pará e Rio de Janeiro, tem como objetivo desarticular uma rede que estaria manipulando processos judiciais para obter vantagens financeiras ilícitas.

A investigação revelou a participação de membros influentes do Judiciário maranhense, incluindo a desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa (cunhada do ex-presidente José Sarney), os desembargadores Marcelino Everton Chaves, Luiz Gonzaga Almeida Filho e Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, além da juíza Alice de Sousa Rocha, do juiz Cristiano Simas de Sousa, e do ex-juiz Sidney Cardoso Ramos. A Polícia Federal aponta que a organização criminosa é composta por três núcleos, envolvendo ex-servidores de bancos, advogados e magistrados.

Entre as ações suspeitas, destaca-se uma decisão judicial no TJMA que teria desviado R$ 14 milhões. A manipulação de processos em benefício próprio é uma das principais acusações, com indícios de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram expedidos 55 mandados de busca e apreensão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 53 no Maranhão, um no Pará e um no Rio de Janeiro. Além das buscas, outras medidas cautelares incluem o sequestro e a indisponibilidade de bens, monitoramento eletrônico, proibição de acesso ou frequência ao TJMA, afastamento dos cargos dos envolvidos e a proibição de contato entre os investigados.

As ações judiciais têm como objetivo impedir que os suspeitos continuem a operar de forma ilícita e garantir a integridade das investigações. A Polícia Federal segue com as investigações, comprometida em identificar todos os envolvidos e assegurar que sejam responsabilizados pelos crimes cometidos.

A Operação "18 Minutos" representa mais um passo significativo no combate à corrupção no sistema judiciário, reforçando o compromisso das autoridades federais em garantir a transparência e a justiça.