APÓS 13 ANOS DE ESPERA, JUSTIÇA CONDENA FORAGIDO POR ASSASSINATO BRUTAL EM BACABAL

Na noite do dia 18 de novembro de 2012, no povoado Bom Princípio, Elias da Conceição assassinou sua companheira, Joseane Ramos, conhecida como Doda, com 24 golpes de faca dentro do quarto onde viviam. O crime foi motivado por ciúmes, segundo apurações na época.  


Após 13 anos, o caso chegou ao julgamento no Fórum de Justiça de Bacabal, mesmo sem a presença do réu, que se encontra foragido. Elias foi preso em flagrante logo após o crime, mas obteve liberdade provisória em menos de um mês e nunca retornou para responder pelo caso.  


Durante o júri popular, ocorrido nesta quarta-feira, Elias foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado. Apesar da condenação, o réu continua foragido, e a Justiça emitiu um mandado de prisão.  


Dor e Clamor por Justiça  

A mãe de Joseane, presente no julgamento, reviveu a dor do crime e clamou por justiça. Em entrevista, ela desabafou:  

> “Eu quero que ele seja preso e pague pelo que fez. Foram 13 anos de sofrimento, uma dor que nunca passa. Minha filha estava grávida de dois meses quando foi assassinada. Ele destruiu nossa família.”  


Ela também destacou que Elias usou falsas acusações de traição para justificar o crime.  

> “Nada justifica o que ele fez. Ele dizia que amava minha filha, mas acabou com a vida dela e do nosso bebê. Quero que ele pague por cada golpe que deu nela.”  


A Decisão da Justiça  

O julgamento foi conduzido com base na acusação do Ministério Público, que apontou o crime como homicídio duplamente qualificado. Os jurados acolheram a tese, resultando na condenação de Elias. O promotor de justiça destacou a importância da colaboração da sociedade para capturar o condenado.  


> “A comunidade pode ajudar a polícia com informações sobre o paradeiro de Elias. É crucial para que a pena seja efetivamente cumprida.”  


A Luta Contra a Impunidade  

O caso expõe a complexidade da legislação brasileira em relação à liberdade provisória. Segundo especialistas, o prazo máximo para prisão preventiva deve ser respeitado, e, na época, isso permitiu que Elias fosse solto antes do julgamento.  


Agora, as autoridades reforçam a necessidade de denúncia por parte da sociedade para localizar o foragido. Informações podem ser repassadas à delegacia de polícia ou ao Ministério Público.  


O julgamento, encerrado por volta do meio-dia, marcou um passo importante na busca por justiça, mas a captura do condenado permanece como um desafio crucial para a conclusão desse capítulo de dor e luta.

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