O juiz Felipe Gonçalves Pinto, da 6ª Vara da Justiça Federal no Piauí (@tjpioficial), atualmente respondendo pela 1ª Vara da SJPI, determinou a renovação da prisão temporária de Esthellmo Hangello Morais Carvalho, Ivone Pereira Santos, Lívio Gabriel de Andrade Pereira, Brendo Henrique de Andrade Pereira e Danielle Fernandes Brito por mais cinco dias. A decisão foi assinada no último domingo, 1º de dezembro.
Os investigados são alvos da Operação Bazófia, que busca desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes no Auxílio Emergencial, com prejuízos à @caixa nos estados do Piauí e Maranhão. Segundo a Polícia Federal, os criminosos utilizavam engenharia social para obter dados das vítimas, registravam chips telefônicos com essas informações e acessavam o aplicativo Caixa Tem, usado para o benefício.
Danielle Fernandes Brito |
Brendo Henrique de Andrade Pereira |
Lívio Gabriel de Andrade Pereira |
Ivone Pereira Santos |
Esthellmo Hangello Morais Carvalho |
Como as fraudes funcionavam
Com os dados e os chips em mãos, o grupo pagava boletos destinados a empresas de fachada e transferia os valores para contas de "laranjas" e, por fim, para os investigados. “Não era diretamente, é claro. Passavam por outras contas até chegar na deles”, explicou o delegado responsável pela operação. Mais de dois mil chips telefônicos utilizados na fraude já foram identificados, representando o número de vítimas. Outros chips foram apreendidos durante as buscas e ainda serão analisados.
Luxo sem renda
Apesar de uma parte do prejuízo causado pelo grupo ter sido estimada em R$ 130 mil, o delegado acredita que o valor real é muito maior, considerando o padrão de vida dos investigados. “São jovens, com idades entre 20 e 40 anos, algumas mulheres, que sustentavam um padrão de vida incompatível com a ausência de renda. Não tinham nenhuma fonte de renda lícita, mas circulavam em carros de luxo, frequentavam boates e festas”, destacou o delegado.
Operação
Na última quinta-feira (28), a Polícia Federal cumpriu 33 ordens judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, incluindo mandados de prisão e busca e apreensão. Onze pessoas foram presas e três permanecem foragidas. As ações ocorreram em 19 endereços nas cidades de Teresina (PI) e Bacabal (MA).
Entre os presos estão um policial militar do Maranhão, seu pai e seu irmão. Os líderes e boa parte dos membros da organização criminosa são naturais de Bacabal, mas as prisões ocorreram majoritariamente em Teresina (10 pessoas) e apenas uma em Bacabal. Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, dinheiro, aparelhos eletrônicos e chips telefônicos usados na fraude.
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