O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), pediu demissão nesta terça-feira (9), quatro dias após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele é acusado de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares quando ainda era deputado federal.
A investigação da Polícia Federal aponta que Juscelino destinou verbas para a Prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, administrada por sua irmã, Luanna Rezende. O dinheiro, repassado à Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), seria usado em obras de pavimentação. No entanto, segundo a PF, as empresas contratadas eram de fachada.
A denúncia, mantida sob sigilo, atribui a Juscelino os crimes de organização criminosa — com agravante de liderança —, fraude em licitação, peculato e corrupção ativa.
Mesmo com o afastamento, Juscelino nega as acusações. Em nota, ele afirmou que não cometeu irregularidades e que confia na Justiça para provar sua inocência.
O governo federal ainda não anunciou quem vai assumir o comando do Ministério das Comunicações.
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