BEBÊ MORRE APÓS NASCER SEM ASSISTÊNCIA MÉDICA EM SÃO LUÍS GONZAGA; MÃE RELATA ABANDONO E PEDE JUSTIÇA

“Meu filho nasceu respirando... mas ninguém lutou por ele.”

Foi com essas palavras que Lorena Lourenço, de apenas 19 anos, resumiu o momento mais doloroso de sua vida: o nascimento e a morte do pequeno Felipe, seu terceiro filho, ainda na madrugada da sexta-feira, 13 de junho, dentro de casa, na zona rural de São Luís Gonzaga.

Grávida de seis meses, Lorena começou a sentir dores fortes e inesperadas. Sua irmã correu para pedir socorro, mas a ambulância demorou demais para chegar. Quando finalmente apareceu, o bebê já havia nascido nos braços do pai, dentro de uma cadeira de rodas improvisada do avô. Sem oxigênio, sem incubadora, sem assistência, a ambulância levava apenas uma maca. A técnica de enfermagem, segundo a mãe, nem sequer pegou o bebê no colo.





No hospital municipal, o pesadelo continuou. A criança ainda se mexia, respirava, chutava, mas nenhuma manobra de emergência foi feita. A médica plantonista, segundo a família, disse que ele não iria resistir — mas também não fez nada para tentar salvá-lo.

O pai se recusou a colocar o filho no chão, como foi orientado por uma funcionária. “Meu filho não é um cachorro”, afirmou, segurando o bebê nos braços até o último suspiro.

Mesmo assim, o hospital registrou a morte como se o bebê já tivesse chegado sem vida. A mãe sequer recebeu o documento de "nascido vivo". Tudo foi tratado como um aborto. Mas Lorena tem ultrassons, cartão de gestante, laudos, e diz com firmeza: “Ele nasceu vivo e morreu por negligência.




Este não é um caso isolado. A população de São Luís Gonzaga denuncia há tempos a precariedade do hospital municipal, a ausência de estrutura, a falta de medicamentos, e a demora no atendimento de urgência. O hospital não realiza partos. Toda gestante em trabalho de parto precisa ser transferida para Bacabal — mesmo quando não há tempo.

Hoje, Lorena pede justiça. Não quer vingança, mas exige respeito pela vida e dignidade para outras mães.

"Meu filho se foi, mas eu luto para que nenhuma outra mãe passe por isso. Ele não era só um bebê prematuro. Era o meu filho. Era uma vida."

📣 Que as autoridades ouçam este grito. Que o Poder Judiciário, o Ministério Público e os gestores municipais não deixem essa dor cair no esquecimento.

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