Polícia
apurava desvios de R$ 4,5 milhões de Prefeitura de Bacabal (MA).
Investigação terminou com 17 pessoas indiciadas e nove prisões.
Investigação terminou com 17 pessoas indiciadas e nove prisões.
O casal Charles
da Silva Viegas e Maria José Viegas foi preso em São Paulo (SP) durante
operação conjunta com as Polícias Civis do Maranhão e de São Paulo nesta
quinta-feira (26). Eles são donos da construtora El Berite, que deu nome à
operação que investigava o desvio de recursos públicos da saúde e educação sem
qualquer tipo de contrato com a prefeitura da cidade de Bacabal (MA).
A prisão do
casal foi articulada pela Polícia Civil do Maranhão e operacionalizada pela
Polícia Civil de São Paulo. Charles e Maria José Viegas já tinham residência
estabelecida na capital paulista e eram alvo da investigação, que os localizou
e prendeu. Eles responderão, dentre outros crimes, por lavagem de dinheiro,
formação de quadrilha e ocultação de bens.
A investigação
da Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor) constatou que a empresa El
Berite desviou R$ 4,5 milhões e pulverizou o dinheiro para agiotas, servidores
públicos e vereadores. A operação foi concluída com a prisão preventiva de nove
pessoas envolvidas.
O delegado
Leonardo Bastian, que integra a Seccor, informou que o ex-secretário de
Finanças de São Mateus e contador do Município, Washington José Oliveira Costa, também teve prisão
preventiva cumprida em operação de combate à corrupção no
município.
O agiota
Gláucio Alencar foi alvo do sétimo mandado de prisão, acusado de ter recebido
dinheiro advindo do esquema, mas já estava preso por ser o mandante do
assassinato do jornalista Décio Sá. Ao todo, 17 pessoas foram indiciadas na
Operação El Berite II.Segundo a decisão da Justiça, ele teria assinado cheques
no valor de R$ 110 mil encontrados em poder do suposto agiota Josival
Cavalcante da Silva, conhecido como Pacovan, preso na última semana, na segunda fase da operação "El Berite", que investiga esquema
de agiotagem em Bacabal, no Estado.
Na operação, já
foram presos o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa; os
ex-secretários da prefeitura, Aldo Araújo de Brito (também ex-presidente da
comissão de licitação) e Gilberto Ferreira (ex-tesoureiro); a esposa de
Pacovan, identificada como Edna Maria Pereira; e o filho da ex-prefeita da cidade
de Dom Pedro, Eduardo José Barros Costa.
Operações
contra agiotagem
A investigação
do assassinato de Décio Sá resultou na descoberta de um
esquema de agiotagem praticado em mais de 40 prefeituras do Maranhão,
encabeçado José de Alencar Miranda Carvalho e Gláucio Alencar Pontes Carvalho,
pai e filho acusados de mandar matar o jornalista.
Além da
operação "El Berite", no mês de maio, foram detidos pelas operações "Maharaja" e "Morta Viva" o prefeito de Bacuri
(MA), Richard Nixon (PMDB); o prefeito de Marajá do Sena (MA),
Edvan Costa (PMN); e o ex-prefeito de Zé Doca (MA) Raimundo Nonato Sampaio, o
Natim, além do suposto agiota Pacovan.
Em março, foi
deflagrada a "Operação Imperador", pela qual foi presa a ex-prefeita de Dom
Pedro (MA), Maria Arlene Barros, e o filho Eduardo Costa Barros.
As operações
são desdobramentos da "Operação Detonando", realizada em 2012 após
o assassinato de Décio Sá. O jornalista foi morto a tiros após denunciar a
execução do suposto agiota Fábio Brasil, que também teria sido morto a mando de
Miranda e Gláucio Alencar.
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