Rombo deixado pelo governo Roseana no
Salangô chegou à estrondosa quantia de quase R$ 70 milhões
O governador do Maranhão,
Flávio Dino (PCdoB), reativou, neste final de semana, em São Mateus, o famoso
projeto de irrigação Salangô, criado no governo Roseana Sarney, em 1993, no
primeiro mandato, e que foi alvo de um dos maiores escândalos de corrupção no
Estado. O atual governo anunciou para essa nova versão investimentos
iniciais na ordem de R$ 3 milhões, marcando a abertura da colheita 2015.
No passado, foi criado com o
propósito de ser a salvação para centenas de pequenos agricultores maranhenses.
Mas, em pouco tempo, o Salangô foi tomado pela corrupção. Dados colhidos pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público e pela Corregedoria Geral
do Estado mostram que o rombo chegou à estrondosa quantia de quase 70 milhões
de reais, valor liberado para o projeto, durante o governo Roseana Sarney.
A salvação transformou-se em
pesadelo. Uma extensa área do rio Mearim, calculada em 10 mil hectares, que
deveria ser beneficiada com o projeto, não viu um tostão da dinheirama.
Corrupção
Sob Roseana pesa a acusação
de ter lavado as mãos diante da corrupção operada dentro de seu governo. Mesmo
no auge do escândalo, a ex-governadora não exonerou nenhum dos funcionários
envolvidos e nem determinou a abertura de procedimento administrativo.
Jorge Murad, marido da
governadora, além de secretário de Planejamento, mantinha sob seu controle, á
época, a Secretaria de Agricultura, a quem cabia a tarefa de efetuar os
pagamentos durante a fase de implantação do projeto.
A nova versão
Segundo informações do
governo, a reativação do projeto Salangô beneficiará cerca de 457 famílias de
agricultores distribuídas em várias associações. Localizado no município
de São Mateus do Maranhão, o Salangô foi reiniciado com um volume significativo
de recursos da União e uma contrapartida do governo do Estado, com o objetivo
de ser o maior projeto agrícola de irrigação, na produção de arroz irrigado,
frutas e hortaliças.
O Salangô tem uma área total de 3.600 hectares, sendo 600 hectares
para o plantio do arroz irrigado e 2 mil hectares para o regime de arroz
sequeiro. O empreendimento foi concebido para operar com vários sistemas de
irrigação, divido em setores, corrigindo problemas como a falta de local
adequado para secar o arroz e maquinário velho e beneficiar cerca de 437
famílias de agricultores distribuídas em várias associações. Blog Silvia
Tereza
Postar um comentário
Seja bem vindo ao blog.
Sua presença é fundamental para o sucesso deste blog. Agradeço pelo comentário!